O PODER JUDICIÁRIO, O CUSTO BRASIL E A ARTE DA NEGOCIAÇÃO

Segundo o Relatório Justiça em Números, divulgado pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ), o estoque de processos judiciais pendentes no ano de 2018, foi de quase 79 milhões de ações, sendo que as despesas totais do Poder Judiciário somaram R$ 93,7 bilhões e corresponderam a 1,4% do Produto Interno Bruto (PIB) nacional. Equivalente ao custo médio de R$ 449,53 por habitante, inequivocamente, os processos em andamento nos tribunais de norte a sul do País significam um dos gargalos mais evidentes do custo Brasil. Servem para afastar a indispensável segurança jurídica necessária para atrair investimentos, prejudicando o ambiente de negócios e a geração de novos empregos. Os inúmeros litígios que tramitam nos escaninhos do Poder Judiciário, demandam mais do que nunca soluções céleres e ao mesmo tempo eficientes. A sociedade deve se conscientizar que não pode ser tão dependente do Estado para resolver seus conflitos. Indispensável a adoção de métodos privados e extrajudiciais de solução de litígios. Em vez das partes e seus advogados ficarem anos discutindo o bem da vida a ser tutelado pelo Estado-Juiz, o que é na maioria das vezes um desperdício de dinheiro público e privado, os meios alternativos de solução de conflitos são métodos que podem ser de grande auxílio. A negociação é um dos métodos alternativos de resolução de conflitos menos custoso e célere para as partes. É importante que o advogado oriente o cliente a negociar acordos. Habilidades de negociação aprimoradas podem ajudar a evitar litígios desnecessários e a produzir melhores acordos com mais eficiência.

Sandro V. Wainstein